A Justiça de Mato Grosso do Sul negou o pedido de liberdade de Francisco Cezário de Oliveira, presidente afastado da FFMS, preso há dez dias. A decisão foi tomada pelo juiz de primeira instância na última quarta-feira (29) e divulgada nesta sexta-feira (31).
Francisco Cezário foi preso no âmbito da operação Cartão Vermelho, realizada pelo Gaeco, que o acusa de chefiar um esquema que desviou ao menos R$ 6 milhões da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul. Durante a operação, os investigadores apreenderam R$ 800 mil em dinheiro vivo.
O advogado de Cezário, André Borges, afirmou que seu cliente está disposto a prestar esclarecimentos assim que for libertado e negou seu envolvimento nos desvios, alegando que a quantia apreendida era parte de suas economias pessoais.
Além de Francisco Cezário, outras seis pessoas foram presas, incluindo parentes do presidente afastado, suspeitas de envolvimento na suposta fraude. Cezário foi afastado de suas funções por três meses por determinação da CBF, e Estevão Petrallas, ex-presidente do Operário Futebol Clube e vice-presidente da FFMS, assumiu como interventor.
Antes da decisão da CBF, Cezário havia solicitado afastamento do cargo por tempo indeterminado através de seu advogado. As investigações, baseadas em quebras de sigilo telefônico e bancário, revelaram que integrantes da FFMS foram vistos sacando dinheiro de uma agência bancária e retornando à sede da entidade, onde o dinheiro era supostamente distribuído entre os envolvidos no esquema.